sexta-feira, 11 de setembro de 2009

Arebaguandi.

Como todas as mulheres, ela não seria diferente. Abriu mão de um grande amor, mais não por falta de reciprocidade de sentimentos, penso eu, que nessa nossa cultura ocidental tudo-pode-e-vira-festa, eu te amo e você me ama, sejamos então felizes para sempre, não nos importa e nunca nos importou a cor da pele, o sotaque, a diferença de altura, de classe social, e muito menos a sua sombra! Pisamos tanto na nossa, quanto na de qualquer outra pessoa, em um pais cheio de Dalitis que se misturam com boas Castas.
Sofremos junto com Maya, ao longo da trama, queríamos exatamente tudo aquilo que no momento ela queria também! Somos mulheres! Sabemos o verdadeiro valor de um grande amor!e melhor que isso! Sabemos a verdadeira dor quando o perdemos também! Não tenho o habito de desistir fácil daquilo que quero, se gosto, gosto mesmo, sofro por aquilo,luto, insisto, sufoco.Abrir mão para mim, somente nos casos mais extremos, e mesmo assim tenho uma certa tendência a não aceitar o não como resposta. Julguei na maioria das vezes, todos os palpites daquela senhora, que sempre preferiu defender os costumes de seu povo, não se importando com os títulos que iria receber ao longo do caminho. Are Dadi,deveria existir algum coração dentro de você,que ao menos se importasse com os sentimentos dos outros!Cultura é boa para ser seguida em determinados momentos, mais não para levá-la ao pé da letra por todo o sempre. São felizes mulheres como a Maya? Que se escondem atrás de véus,se arrumam somente para seus maridos, casam com os noivos que seus pais escolhem, batalham por um filho homem, moram todas com a sogra e tratadas como empregadas da casa. Cadê a liberdade de expressão? A aceitação por um erro, os gritos de insatisfeita? Como cultivaram tanta paciência, compreensão, e adoração pelo marido, ao ponto que se perde lo , aceitarem queimar seu corpo junto ao dele, pois não vêem mais sentido na vida e porque não acreditam que podem recomeçar? A melhor parte de poder vivenciar outras culturas, para mim, sempre vai ser o enorme choque que todas elas irão causar, quando baterem de frente com a nossa! Nossa cultura permite, libera, aceita, se modifica para que nos adaptemos mais fácil, se não esta bom, damos um jeitinho de melhorar, nos vulgariza e nos acolhe! Nunca nos impôs limites- se não gosta, termina. Se errou, esqueça, se perdeu, se encontre. Talvez nos falte regras, superstições, costumes impostos pelos nossos antepassados, talvez nos sobre malicia, excesso de humor, para o que tem e que não tem graça, excesso de comodismo. Somos nos felizes da maneira que somos? Nos produzimos e ouvimos um gostosa no meio da rua, sofremos com os términos de casamento, com a opção errada dos nossos filhos, passamos uma vida tentando alinhar o caminho daqueles que amamos. Onde esconderam a nossa educação? Cadê os bons costumes e a paciência? Devolvam a nossa sinceridade, zelem pelo nosso caráter! Por Lord Ganesha , feliz mesmo deve ser a Juliana Paes, que em menos de um ano teve o privilegio de vivenciar todos os prós e contras de uma vida dupla.


Thais Fernandes.

Um comentário:

  1. Feliz mesmo somos nós que podemos ler seus textos e comprarar seus pensamentos e os nossos, e poder relaxar um pouco na correria do dia a dia....Por favor não deixe de escrever!

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