quinta-feira, 29 de outubro de 2009

Bonitinho, bonitinho...

Bonitinho, bonitinho! Era coisa de menina insatisfeita com tudo, que sempre buscava o algo mais da vida, querendo ser mulher de verdade.
Apreciava o som da noite, do suspiro, de tudo aquilo que elevava os batimentos cardíacos sem querer, querendo. Bonitinho, bonitinho ele surgiu, rapaz quieto, coisa de quem não quer nada e quer tudo ao mesmo tempo. Me apaixonei pela foto, pelos fatos, de alguém há mais de mil quilômetros distante de mim.
Do lado de cá, tudo soava normal, o brilho dos olhos, a ansiedade incansável que cansa a minha beleza, era ele ou outros tantos, meu divisor de águas nunca funcionou bem quando o assunto era coração.
Um metro e oitenta a poucos, olhinhos de azeitona, sardinhas de criança e todo o resto que me encantava. Se eu tinha medo de escuro, ele acordava no meio da noite pra acender a luz, dormia abraçado em noite de pesadelo, comia o meu prato quando eu optava pelo errado.
Sempre tive certa tendência em acreditar em contos de fadas, novelas mexicanas, e transportar tudo isso para a realidade do meu cotidiano. Era o nome duplo, a distancia longa, a saudade que apertava, a vontade de estar perto sem ter certeza de nada e acreditando em tudo.
Foram dias, que se transformaram em meses, dando inicio a anos, de todas as duvidas solucionadas, de todas as perguntas, respondidas. Era ELE e não todos os outros. Era ele que caçoava do meu tamanho, que explicava como amigo, que se preocupava como meu pai. Era ele que ultrapassava fronteiras e me carregava pro outro lado do mundo, sozinha e com tudo ao mesmo tempo. Ele que enxergava meu lado que não cresce nunca, e aquele que cresceu com ele cultivando. Ele que me fez derrubar algumas lagrimas me fazendo acreditar que não me merecia, e ele também que estampou milhares de sorrisos no meu rosto me dando a certeza de que era tudo aquilo que eu queria.
De um jeito bonitinho, bonitinho, sutilmente ele colocou um ponto final em tudo que foi, se ajoelhou na minha frente, e perguntou se eu aceitava acrescentar em nossa historia milhares de reticências... “ Tu quer casar comigo?...” nunca me dei bem com ponto final ...

terça-feira, 6 de outubro de 2009

Fragmento

...Dois para frente, um pra trás. Analiso a minha volta, protejo a minha guarda. Não saio do lugar! Tenho medo de escuro, de barulho, de tudo aquilo que a noite carrega quando o sono vem. Eu gostaria de ser eu, no meio de todo mundo, eu gostaria de ser todo mundo, quando não sei ser eu....


aguardem o restante! =)

Thais Fernandes.